terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


O poema abaixo retrata o cotidiano degradante do homem que atingiu o ápice da miséria.
Quem nunca se deparou com uma cena como a descrita no texto de Manuel Bandeira? Lamentavelmente, esses fatos acontecem tão rotineiramente que muitos já nem se importam mais…
poorO Bicho

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
 Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 19 de abril de 1886 em Recife. Em 1903 foi para a cidade de São Paulo a fim de cursar Engenharia na Escola Politécnica. No entanto, em decorrência do acometimento de tuberculose, não pôde concluir o curso. A partir de então, passa por verdadeira peregrinação por diversas cidades e casas de saúde, tendo, inclusive, se mudado por um ano para a Suíça com o intuito de livrar-se da doença. Ao voltar para o Brasil tornou-se inspetor de ensino e depois professor de literatura.
Em 1917 publicou seu primeiro livro – A Cinza das Horas – com características parnasianas e simbolistas. Posteriormente à publicação de seu primeiro livro, o poeta foi se enquadrando no estilo modernista, culminando com a publicação em 1930 da obra Libertinagem, considerada uma das mais importantes da literatura moderna brasileira.
manuel_bandeira
Na obra de Bandeira predominam a liberdade de conteúdo e de forma, o retrato do cotidiano, a sua própria história de vida, o humor,  a indignação com a realidade do homem e a idealização de um mundo mais justo. O autor conseguiu reunir em sua poesia subjetividade e objetividade e o resultado foi perfeito.
Certamente os leitores do nosso blog serão presentados com muitos outros textos do grande Manuel Bandeira. Aguardem.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Vamos exercitar um pouquinho nossa capacidade de interpretação textual?
Um sonho de simplicidade
Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz
da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço. Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.
Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, de um número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.

(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas)

1. Em seu sonho de simplicidade, o cronista Rubem Braga
idealiza sobretudo:

(A) uma depuração maior no seu estilo de escrever,
marcado por excessivo refinamento.
(B) as pequenas necessidades da rotina, que cada um
de nós cria inconscientemente.
(C) uma relação mais direta e vital do homem com os
demais elementos da natureza.
(D) o aperfeiçoamento do espírito, por meio de reflexões
constantes e disciplinadas.
(E) a paixão ingênua que pode nascer com a voz de
uma mulher na penumbra.

2. Considere as seguintes afirmações:

I. O cronista condiciona a conquista de uma vida mais
simples à possibilidade de viver sem precisar
produzir nada, sem executar qualquer tipo de
trabalho, afora o da pura imaginação.
II. Alimentar um tal um sonho de simplicidade é, na
perspectiva do cronista, uma característica
exclusiva dos escritores que não mantêm relações
mais concretas com o mundo.
III. Cigarros, gravatas e telefones são elementos
utilizados pelo cronista para melhor concretizar o
mundo que representa uma antítese ao seu sonho
de simplicidade.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se
afirma em:

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
_________________________________________________________
3. Na frase:

Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas...

o cronista
(A) ressalta, com a repetição de dizer coisas, a
importância de seu trabalho de escritor, pelo qual
revela aos outros as verdades mais profundas.
(B) justifica com a expressão comércio de pequenas
pilhas de palavras a visão depreciativa que tem de
seu próprio ofício.
(C) apresenta como conseqüência de instaurar uma vida
mais simples e sábia o fato de ganhar a vida de
outro jeito.
(D) utiliza a expressão não assim para apontar uma restrição
à vida que seria preciso ganhar de outro jeito.
(E) se vale da expressão ofício absurdo e vão para
menosprezar o trabalho dos escritores que se
recusam a profissionalizar-se.

GABARITO:

001 C

002 C

003 B 



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Estudo do gênero: Crônica.



 CRÔNICA
A crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto, você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá exemplos.
Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica como "narração histórica". É a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha", na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)

(Machado de Assis. "Crônicas Escolhidas". São Paulo: Editora Ática, 1994)
Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos.
A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.

Jornalismo e literatura

É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.
Leia a seguir uma crônica de um dos maiores cronistas brasileiros: 
Recado ao Senhor 903
“Vizinho,
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito a repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor; é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21h45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8h15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará ate o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada: e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
[...] Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: ‘Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou’. E o outro respondesse: ‘Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela’.
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.”

(Rubem Braga. "Para gostar de ler". São Paulo: Ática, 1991)

Fato corriqueiro...

Há na crônica uma série de eventos aparentemente banais, que ganham outra "dimensão" graças ao olhar subjetivo do autor. O leitor acompanha o acontecimento, como uma testemunha guiada pelo olhar do cronista que tem a pretensão de registrar de maneira pessoal o acontecimento. O autor dá a um fato corriqueiro uma perspectiva, que o transforma em fato singular e único.
No caso da crônica "Recado ao Senhor 903", há uma crítica à desumanização na cidade grande, na qual somos, muitas vezes, apenas números e não pessoas. O surpreendente é a inversão proposta pelo narrador ao final da crônica: no lugar da intolerância, tão comum nas cidades grandes, ele propõe um possível acolhimento amigo.
Outro aspecto é que as personagens das crônicas não têm descrição psicológica profunda, pois, são caracterizadas por uma ou duas características centrais, suficientes para compor traços genéricos, com os quais uma pessoa comum pode se identificar. Em geral, as personagens não têm nomes: é a moça, o menino, a velha, o senador, a mulher, a dona de casa. Ou têm nomes comuns: dona Nena, seu Chiquinho, etc... 

Análise da linguagem


1) Intenção e linguagem
O narrador-personagem da crônica (ou remetente da carta ao vizinho) reconhece que faz barulho e por isto pede desculpas. Veja, assim, as palavras e afirmações que usou para construir essa ideia: "consternado", "desolado", "lhe dou inteira razão", "O regulamento do prédio é explícito", "Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso", "Peço desculpas", "Prometo silêncio". 
No entanto, através de ironias, o narrador reconhece sua falta, mas explicita que não concorda com a situação, uma vez que a aborda também de outro ângulo, problematizando as relações entre as pessoas e não simplesmente aceitando a situação como algo imutável. E faz isso, especialmente, quando: 
  • ironiza a estruturas dos prédios em que as pessoas ficam empilhadas, perdendo o contato humano; 
  • refere-se a todos os vizinhos, incluindo ele próprio, pelo número do apartamento e não pelo nome; 
  • critica o isolamento e a distância entre as pessoas cujas vidas estão limitadas pelas normas que cerceiam o convívio humano; 
  • sonha com outra relação mais humana e fraterna, entre as pessoas. 
    2) Ironia e humor
    a) Veja como o narrador usa uma fina ironia quando fala de si mesmo e dos motivos das reclamações do vizinho: 
    "Todos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós doisapenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua." Verifique ainda como o uso do elemento "apenas", usado duas vezes intensifica a sua exclusão em relação aos demais moradores do prédio. 
    b) O excesso de referência a números acaba por criar um efeito de humor e crítica social: 
    "Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21h 45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8h 15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará ate o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305." 
    Enfim, o efeito de humor tem a ver com: 
  • o contraste entre uma situação e outra: os que mantêm silêncio e pessoas, como o narrador, que não o fazem; 
  • o inesperado: o texto parece se encaminhar para um sentido e bruscamente aponta para outro. 
    3)Uso de verbo
    Quando o narrador quer sonhar com uma outra situação em relação, não só à sua vizinhança, mas também à vida na cidade grande, veja que ele constrói essa ideia usando verbos no pretérito imperfeito do subjuntivo, o que indica possibilidade/desejo/hipótese: 
    "Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: 'Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou'. E o outro respondesse: 'Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela'. 
    E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz. 
    4)Uso dos artigos
    Releia os trechos: 
    a) "Quem fala aqui é o homem do 1003.". 
    Foi usado o artigo definido (o), quando o narrador refere-se a si mesmo, particularizando, dessa forma, um indivíduo, entre outros. 
    b) "Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em queum homem batesse à porta do outro e dissesse (...). E o outro respondesse (...)"
    Há artigo indefinido ("um homem"), quando foi introduzido um elemento ainda não citado no texto, generalizando-o. Há artigo definido ("o outro"), quando novamente se tem um indivíduo já citado, particularizando-o. 
    Veja que essas escolhas linguísticas vão constituindo a ligação/coesão entre as partes do texto, de tal maneira que, mais do que saber o nome das classes da gramática - substantivos, adjetivos, artigos, advérbios, verbo, conjunção, pronome, preposição, numeral - é importante saber suas articulações na construção dos sentidos de um texto. 

    Características das crônicas

    A crônica é um texto narrativo que: 
  • É, em geral, curto; 
  • Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia; 
  • Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes genéricos. As personagens não têm aprofundamento psicológico; são apresentadas em traços rápidos; 
  • É organizado em torno de um único núcleo, um único problema; 
  • Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.
  • sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

    Vocabulário Piauiês


    Vocabulário Piauiês
    O piauiês é uma língua falada no Piauí. Uma língua extremamente profunda, conservada por milênios e que se originou no sertão piauiense.
    • ACOCHAR - Apertar.
    • ARROCHAR - Beijar; ficar; transar.
    • ANTÕIN - Dimituitivo de "Antônio".
    • ABERAR - Fugir, escapar, correr.
    • CAÇAR CONVERSA - Provocar, irritar alguém.
    • EGUAGEM - Asneiras, bobagens, tolice.
    • IXE, VIXE - Meu Deus! Nossa!
    • SÓ AR TIRA - Bêbado, ressacado. Ex.: "O Zé tava só ar tira jogado na calçada".
    • SÓ O PAU DA PLACA - Vide SÓ AR TIRA
    • LENHADA - Pancada, porrada.
    • BARRUADA - Batida, acidente, colisão de veículos. Ex.: "Aconteu uma barruada na avenida".
    • LECHE - Porrada. Ex.: "O menino deu um léche no outro".
    • GOBILA - Jumenta.
    • DESDROBO - Enganar, levar na conversa.
    • ONTÕNTI - Anteontem.
    • DOJE - [Contração de (De hoje)]. Significa há muito tempo ou há algumas horas etc.
    • PRIPINADO - Qualidade daquilo que foi previamente mexido, usado, bagunçado. Ex: "Eu lá vou querer essa comida... tá toda pripinada!"
    • ENGOMAR - Passar roupa. "Ex: Ainda preciso engomar essas duas calças".
    • PASSAR O PANO - Colocar a camisa pra dentro da calça. "Ex: Rapaz, tu tá bem vestido... até passou o pano."
    • DOIDO - Cara, mano. "E aí doido?"
    • MOSO - "Meus ovo". Ex.: "Ei, minina, conhece o moso?" "Moso, que moso?" " Mos ovo!!!"
    • RAPÁ, DOIDO, Ó - "Cara..."
    • ÓIA AÍ, RÍU!!! - "Olha só!!!". Ex.: Um amigo seu diz que ficou com uma gata. Aí você diz: "Óia aííííí, ríu!!"
    • DIÂÂÂÃÃÃÃÃ - Diminutivo de "diabos".
    • DIIIÁÁÁÁÁÁÁÁÁ - Diacho
    • NEGADA - Galera, turma. "Quede a negada?"
    • QUEDÊ - Cadê.
    • RAIAR(2) - BrigarTORAR - Trepar, transar; Cortar ou quebrar algo.
    • FICOU DE NELSO - Vacilou. Ex.: "Ele ia torar ela. Mas ela era ele"; E o ouvinte: "Diiiiáááá, ficou de Nélso".
    • MOBRAL - Analfabeto; idiota, burro.
    • TORAR BRITA - Vacilar, algo que dá errado.
    • ABESTADO - Otário, burro; ingênuo.
    • AÍ DENTO - Resposta a qualquer provocação. "Eita que tu hoje tá besta, viu?"; "Besta, eu? Aí dento!"
    • AMANCEBADO - Amigado, aquele que vive maritalmente com outra.
    • AMARELO QUEIMADO - Cor laranja.
    • APERRIADO - Com medo, nervoso
    • ARRE ÉGUA! - Interjeição que pode significar qualquer coisa a depender do tom de voz e da ocasião (alegria, irritação, espanto, admiração...).
    • AVALIE - Imagine.
    • AVEXADO - Apressado. "Aquele homem só anda avexado".
    • BAIXA DA ÉGUA - Lugar distante.
    • BILA - Bola de gude.
    • BOCA QUENTE - Situação perigosa.
    • BÓGA - Ânus.
    • BORA - Embora.
    • BORIMBORA - Vamos embora.[A jução do termo "bora" *vide* com a plavra "imbora"=(embora)]
    • VUMBORA - Vamos embora(2).
    • FOPA - vide BÓGA.
    • PARRECO - Vide BÓGA.
    • BARRIGA BRANCA - Homem mandado pela mulher.
    • BROCAR-COMER "Cara eu vou pra casa, porque eu quero BROCAR tudo o que tiver nas panelas".
    • BROGUE - Porrada. "Vô te dá uns brogue!"
    • BODIM - Playboy da periferia, geralmente relacionada a vestimenta do doido (vide DOIDO) "Hum, olha ele... ta todo BODIM".
    • CANGAPARA - Cágado, Jabuti.
    • CANTARERA - Clavícula.
    • CABUETA - O mesmo que X9, dedo-duro.
    • CARÁI - Caralho.
    • CARÁI DE ASA - Caralho alado.
    • CAPAR O GATO - Ir embora.
    • CAXAPREGO - Lugar distante.
    • CHABOQUE - Tampo. Ex.: "Chico deu uma topada que tirou o chaboque do dedo".
    • CHAPA - Radiografia; dentadura.
    • CACHULETA - Tapa na orelha com um dedo no sentido vertical.
    • CAÇULETA - Variante de Cachuleta.
    • CAPITÃO - Feijão cozido e amassado na mão até ficar unido em forma de bolinho, para em seguida comê-lo.
    • CIBAZOL - Coisa sem valor. Ex.: "Não vale um cibazol".
    • CÔRRALINDA - Coisa linda, pessoa bonita.
    • COLA-SABUGO - COLAPSO
    • CORRER FROUXO - Ter em abundância. Ex.: "Ali o dinheiro corre frouxo".
    • CUMELÃO - Garanhão.
    • CUSTAR - Demorar. Ex.: "O ônibus está custando muito".
    • DAR O PREGO - Enguiçar. "O carro deu o prego".
    • DAR UM PANO - Transar. "- Vou dar um pano num isquema acolá"
    • DIABÉISSO! - Que diabo é isso! Expressão de espanto.
    • DISTRENADO - Sem graça. "Fica todo distrenado quando elogiado".
    • DICUNFÔÇA - com muita força. "Zé quebrou o vaso dicunfôça"
    • ESTRIBADO - Cheio da grana.
    • É ROÇA - joão foi preso!!! " vii é roça"
    • FAZER O MAU - Desvirginar. "Ele fez o mau à moça".
    • FRESCAR - Fazer uma brincadeira. "Se zanga não, to só frescando".
    • FULERAR - Frescar.
    • GANHAR O MUNDO - sair, passear ou ir embora. A mãe diz: - Êita que tu já vai ganhar o mundo de novo,minino?
    • GASGUITA - Mulher com voz esganiçada.
    • GASTURA - Mal estar. Pessoa incoveniente, chata... "Ar maria, que esse menino é uma gastura, viu mermã"
    • GATORRÉI - Gato velho. Prostituta, mulher fácil.
    • INGEMBRADO - Torto.
    • INTROSA - Introsado, aquele que se acha amigo, mas não é. "Eeei, mininazinha. De quem tu gosta? "eis a resposta: "Mar tu é muito introsa, mermo!"
    • ISPRITADO - Enfurecido.
    • ISQUEMA - Encontro amoroso
    • ISTRUIR (o "s" se lê com som de "ch") - Desperdiçar.
    • LOMBRADO - Estado adquirido por um usuário de drogas, após usá-la.
    • MANGAR - Ridicularizar.
    • MÔKO (OU MOKODIONGO) - Pessoa com raciocínio lento.
    • MARMOTA - Coisa feia.
    • MEI-DIA - Tarde do dia " minino, acorda que já tá mei-dia."
    • MEUZOVO - Expressão de discordia, uma ova. "Juca e um politico honesto -honesto meuzovo!
    • MONDICOISA - Monte de coisas, uma porção de coisas. "Ele jogou fora um mondicoisa!"
    • MOIADO - Fraco de feição, feio. "Fulana é moiada demais!"
    • MURRO - Porrada "Para de fazer bagunça minino! Vô te dá uns murro!!"
    • NUM FRESQUE NÃO! - Pare com essa brincadeira!
    • NA TUBADA - muito rápido. "o carro saiu na tubada"
    • PAPOCAR - JOGAR COM FORÇA.
    • PASTORAR - Vigiar.
    • PELEJAR - Tentar exaustivamente.
    • RACHA - Forma com que os baitolas se referem as mulheres, com uma boa dose de despeito.
    • REBOLAR NO MATO - Jogar fora
    • QUEBRAR - dobrar. "tu vai aqui direto e quebra pra esquerda..."
    • QUEBRAR UMA - Bater uma punheta, bronha.
    • MERMÃ - Minha irmã. `` Mermã, tu não sabe o que aconteceu ontem na novela!`` ou Viado
    • "X COM" - Maneira criativa de indcar um lugar, refere-se a um lugar em diagonal com a referência
    • BAITOLA - Gay ou frozo
    • RAIAR - Passear
    • PRIQUITO - vulva-vagina.Foi Piauiense de Terehell Que Consertou.
    • LISO FEDENDO A TEREZA - duro sem um tostão
    • TEREZA - Orgão sexual masculino
    • PÉ DE PANO - O Amante.
    • SEM CERIMÔNIA - sem vergonha
    • SÓ MIGUÉ - Só nada
    • MERMAÃO - meu irmão. Expressão usada, não necessariamente para parentes... "Mermão eu te dô uma furada" (Maconheiro após briga com outro maconheiro em casa de show), "Mermão a gata é massa demar doido" (Amigo comentando os dotes físicos de uma menina bonita), "Mermão
    • TER O VENTO - TER DINHERO
    • TCHA MÃE - TUA MÃE
    • TCHOPA - Diminutivo Tchopai - "Teu Pai"
    • QUITIPARIU - "Tua Mãe"
    • FI - Ei fi vem cá!
    • PURUSTEMPOS- Pelo tempo - "Purustempos q teu pai saiu..."
    • AR MARIA - Expressão religiosa que indica espanto, raiva, admiração... "Ar maria mermã, tcheu cabelo tá bunito demais, ó".
    • GATA - mulher muito bonita
    • MASSA - Tudo de bom... "Eita gata massa da porra", "Aquele CD do Cannibal Corpse é massa, ó" [?]
    • BULIR - mexer, traquinar.ex.:"não bula na minha bolsa!"
    • PÁIA - Tudo de ruim, sem graça..." Eita que essa noite foi páia,doido"
    • NELSON - que fora, ignorância!ex.: Nelson! você disse oi e ela não falou nada!
    • MACONHEIRO - Usuário de drogas, seja ela qual for, Ou pode ser no sentido de pessoa doida.
    • EURREIM - Eu hein.Espanto com alguma coisa: "Eurreim o que foi isso?
    • TABACO - vide PRIQUITO
    • MEU FI - meu filho. não precisa ser seu filho mesmo, pode ser usado com qualquer um. ás vezes pode demonstrar ignorância ao próximo. ex.:"meu fi, venha cá!" feminino: minha fia
    • GALA - Esperma
    • SELIPENTE - vide ISPRITADO
    • DEIXE QUETO - Deixe assim, não vou esquecer, vai ter volta! ex.:"Você xingou eu?! Deixe quieto..!
    • BESTÁGE - Variação do adjetivo "BESTA". "Eita, que esse menino é chei de bestáge, ar maria naamm..."
    • MN - Menino. Usado em frases como: "Como é, mn?!" - Traduzindo: "Como é, menino?!"
    • BULIR- Mexer em ou com alguma coisa
    • BARRER- varrer algo
    • NURRUMU - Sentido de algo" menino tu segue nurumu da mercearia"
    • CAPA O GATO - sai fora! ex.:"Capa o gato daqui!"
    • BARHIN- Algum lugar com muita agua para fazer farra"eite que hoje ta merecendo nois ir num bahin"
    • FIDAÉGUA-filho de uma hégua,imbecil,idiota,filho da mãe
    • Luz- O mesmo que Lâmpada (ex: Mn, fecha a Luz! Mn! Acende a Luz!)
    • Bó- Mesmo que Vumbora
    • Zora- O mesmo que hora (ex: São 10 zora da manhã) lê-se:zÓra
    • Esbarra ainda - espera aí
    • Dirliga - Desligar algo "Dirliga a tv!"
    • PURUMENO - Pelo menos
    • TRONCHO - aquilo que está mal feito, que não presta. Ex: "teu cabelo tá muito troncho"
    • INFARENTO - pessoa chata, que insisti em ser chato. E nunca vai mudar.
    • TCHÔLA - Baitola

    quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


    CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA I
    1 - Ninguém diz eu coloro esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu vou colorir esse desenho. Eu vou abolir esse preconceito.

    2 - Outro verbo danado é computar. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu computo, tu computas, ele computa. A gente vai entender outra coisa, não é mesmo? Então, para evitar esses palavrões, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural: computamos, computais, computam.

    3 - Outra vez atenção: os verbos terminados em -uar fazem a segunda e a terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em -e e não em -i. Observe: Eu quero que ele continue assim. Efetue essas contas, por favor. Menino, continue onde estava.

    4 - A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em -uir devem ser escritos naqueles tempos com -i, e não -e. Veja: Ele possui muitos bens. Ela me inclui entre seus amigos de confiança. Isso influi bastante nas minhas decisões. Aquilo não contribui em nada com o progresso.

    5 - Coser significa costurar. Cozer significa cozinhar.

    6 - O correto é dizer deputado por São Paulo, senador por Pernambuco, e não deputado de São Paulo e senador de Pernambuco.

    7 - Descriminar é absolver de crime, inocentar. Discriminar é distinguir, separar. Então dizemos: Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.

    8 - Dia a dia (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia. Por exemplo: Dia a dia minha saudade vai crescendo. Enquanto que dia-a-dia é um substantivo que significa cotidiano e admite o artigo: O dia-a-dia dessa gente rica deve ser um tédio.

    9 - A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria.

    10 - A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, "Sentimos muito dó daquela moça".

    11 - Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente.

    12 - Há duas formas de dizer: é proibido entrada, e é proibida a entrada. Observe a presença do artigo a na segunda locução.

    13 - Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: televisão em cores, e não a cores.

    14 - Cuidado: emergir é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas imergir é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.

    15 - A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.

    16 - Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, estada para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos.

    17 - E não esqueça: exceção é com ç, mas excesso é com dois s.

    18 - Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales...Horrível, né?

    19 - Todas as expressões adverbiais formadas por palavras repetidas dispensam a crase: frente a frente, cara a cara, gota a gota, face a face, etc.

    20 - Outra vez tome cuidado. Quando for ao supermercado, peça duzentos ou trezentos gramas de presunto, e não duzentas ou trezentas. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo masculino. Se for a relva, aí sim, é feminino: não pise na grama; a grama está bem crescida.

    21 - É freqüente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos anos atrás... Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá idéia de passado. Ou se diz simplesmente Há muito anos... ou Muitos anos atrás. Escolha. Mas não junte o há com atrás.

    22 - Cuidado nessa arapuca do português: as palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento gráfico, mas as terminadas em -ns não recebem: hífen, hifens; pólen, polens.

    23 - Atenção: Ele interveio na discórdia, e não interviu. Afinal, o verbo é intervir, derivado de vir.

    24 - Item não leva acento. Nem seu plural itens.

    25 - O certo é a libido, feminino. Devo dizer: Minha libido hoje não tá legal.

    26 - Todo mundo gosta de dizer magérrima, magríssima, mas o superlativo de magro é macérrimo.

    27 - Antes de particípios não devemos usar melhor nem pior. Portanto, devemos dizer: os alunos mais bem preparados são os do 2o grau. E nunca: os alunos melhor preparados...

    28 - Essa história de mal com l, e mau com u, até já cansou: É só decorar: Mal é antônimo de bem, e mau é antônomo de bom. É só substituir uma por outra nas frases para tirar a dúvida.

    29 - Pronuncie máximo, como se houvesse dois s no lugar do x. (mássimo)

    30 - Toda vez que disser "É meio-dia e meio" você estará errando. O certo é: meio-dia e meia. Ou seja, meio dia e meia hora.

    31 - Não tenho nada a ver com isso, e não haver com isso.

    32 - Nem um nem outro leva o verbo para o singular: Nem um nem outro conseguiu cumprir o que prometeu.

    33 - Toda vez que usar o verbo gostar tenha cuidado com a ligação que ele tem com a preposição de. Ex: a coisa de que mais gosto é passear no parque. A pessoa de que mais gosto é minha mãe.


    quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

                                                                   O que é linguística?
    Linguística é a ciência que estuda a linguagem verbal humana. Como toda a ciência, ela baseia-se em observações conduzidas através de métodos, com fundamentação em uma teoria. Portanto, a função de um linguista é estudar toda e qualquer manifestação linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado.  
    Para um linguista é muito mais interessante uma passagem do tipo:
    Cumé qui é?
    a outra:
    Como é que é?
    pois as variações linguísticas e seus motivos socio-culturais são, cientificamente, muito mais relevantes do que a norma padrão da língua, isto é, o jeito “correto” de falar.
    O linguista quer descobrir como a língua funciona, estudando várias dessas línguas, de forma empírica (através de dados baseados na experiência), dando preferência às variações populares faladas em diversas comunidades.

    Divisões da Linguística: Os critérios de coleta, organização, seleção e análise dos dados linguísticos obedecem a uma teoria linguística expressamente formulada para esse fim.
    1. Considerando o foco da análise:
    • Linguística Descritiva (ou sincrônica): Fala de uma língua, descrevendo-a simultaneamente no tempo, analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos em um estado da língua, além de fornecer dados que confirmam ou não as hipóteses. Modernamente, ela cede lugar à Linguística Teórica, que constrói modelos teóricos, mais do que descreve;
    • Linguística História (ou diacrônica): Analisa as mudanças que a língua sofre através dos tempos, preocupando-se, principalmente, com as transformações ocorridas;
    • Linguística Teórica: Procura estudar questões sobre como as pessoas, usando suas linguagens, conseguem comunicar-se; quais propriedades todas as linguagens têm em comum; qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade linguística é adquirida pelas crianças;
    • Linguística Aplicada: Utiliza conhecimentos da linguística para solucionar problemas, geralmente referentes ao ensino de línguas, à tradução ou aos distúrbios de linguagem.
    • Linguística Geral: Engloba todas as áreas, sem um detalhamento profundo. Fornece modelos e conceitos que fundamentarão a análise das línguas.
    2. Considerando o que constitui a língua:
    • Fonologia: Estuda os menores segmentos que formam a língua, isto é, os fonemas;
    • Morfologia: Estuda as classes de palavras, suas flexões, estrutura e formação;
    • Sintaxe: Estuda as funções das palavras nas frases;
    • Semântica: Estuda os sentidos das frases e das palavras que a integram;
    3. Considerando suas conexões com outros domínios:
    • Psicolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a mente;
    • Sociolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a sociedade;
    • Etnolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a cultura (cultura não no sentido de erudição ou conhecimento livreiro, mas sim como as tradições de um povo, esta cultura que todos possuem.)
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